Grupo Totem – “Rito Ancestral Corpo Contemporâneo” Ritual de dia de Reis – Povo Xucuru de Ororubá

Grupo Totem – “Rito Ancestral Corpo Contemporâneo”Ritual de dia de Reis – Povo Xucuru de Ororubá



foto Fernando Figueiroa


Subir a Serra do Ororubá era mais que um desejo, uma obrigação!  E nos mostrou o quanto a alma coletiva se faz presente. E como ela guia o povo. Sentir isso foi mais importante que ler todos os livros.
                                                                         
foto Fernando Figueiroa
                                                                           
    Éramos todos ouvidos. Ouvir, ouvir, ouvir. A história do cacique Chicão e a retomada das terras. Assassinado pelas mãos do latifúndio. – Diga ao povo que avance. (deixou o recado). E foi plantado em terra Xucuru. Cacique Marcos, filho de Chicão, escolhido pelos encantados, quanta responsabilidade.
Foto Fernando Figueiroa




Foto Fernando Figueiroa


O rito, os pontos, os cantos, o toré, a terra, a passagem do invisível para o corpo híbrido, miscigenado. São muitos fluxos, a energia do lugar, dos encantados, da terra, pisar o chão sagrado.

A Festa de Reis – O ritual, o povo Xukuru mistura rituais e símbolos indígenas com o catolicismo popular e elementos afro-brasileiros. Uma festa que em nada lembra o dia de reis do catolicismo, podemos observar o toré em diversos formatos e significados, incorporação de espíritos encantados e discursos políticos.

Foto Fernando Figueiroa


E percebemos como o ritual é de fundamental importância para consolidação da identidade do povo, para assegurar a luta pela terra que dará ao povo xucuru o poder de determinar seu futuro. Festa, luta política e a memória das lideranças assassinadas se entrelaçam, no universo simbólico Xukuru.

Volto a falar da alma coletiva que se manifesta em fluxo energético, sua força fez o sol renascer dentro do Povo Xuxuru do Ororubá.





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