Como uma Lua Alta Sobre a Impossibilidade


Almir Rodrigues como Bukowski


SINOPSE

O texto espetacular de “Como uma Lua Alta Sobre a Impossibilidade”, resulta do imbricamento de elementos e códigos do teatro e dança contemporâneos e da arte performance sob a ótica da collage. A cena coloca Bukowski num lugar indeterminado, “um lugar nenhum”, que remete a um quarto, uma sala, um escritório, podendo ser apenas um lugar da memória. Poucos objetos de cena, uma mesinha, garrafas, uma máquina de escrever. Ele dialoga com personas de mulheres que povoaram sua vida, com o público, consigo mesmo. Partindo de um texto não dramático, poético, fragmentado, onde fala sobre a possibilidade e a impossibilidade do amor, do problema existencial: dor, arte, solidão, vida e morte. Fala também de pessoas comuns, os perdidos, os excluídos. Sem esquecer do cinismo, da ironia e do niilismo, tão comuns na obra de Bukowski.

PROPOSTA/ARGUMENTO

“Como uma Lua Alta Sobre a Impossibilidade” baseia-se na obra do genial escritor/poeta alternativo americano, um dos autores mais significantes da literatura marginal, Charles Bukowski. O Totem montou uma encenação de fronteira, como é comum ao grupo, teatral/performática, descontínua, trabalhando tensão, intensão e gesto.

Um espetáculo contemporâneo que procura traduzir numa breve cena uma pequena parcela do universo bukowskiano. A vadiagem transformada em arte. As bebedeiras como poesia. As reflexões sobre a arte e a vida. O universo bukowskiano é o universo dos bêbados, dos miseráveis, dos excluídos, dos perdedores, das prostitutas, dos depravados, dos desesperados, e das mulheres loucas e impetuosas, das loucas e gloriosas, das loucas e decadentes, mulheres, mulheres e mulheres. E deste mundo ele colheu, com simplicidade, poesia. Falando também dos excluídos de todas as categorias, colocando-se ao lado daqueles que não fazem parte do “sonho americano”. O espetáculo mergulha no ser humano, e duplica a figura do poeta, entre ele e sua “consciência”. Como escritor Bukowski muitas vezes lançou mão de Henry Shinaski, seu alter ego. Na cena existem alternâncias de foco entre ele e sua consciência. Há momentos de diálogos e de solilóquios, ele interage consigo, com as mulheres e com o público.






Tatiana Pedrosa e Lau Veríssimo


Almir Rodrigues e Lau Veríssimo

Um comentário:

  1. Parabéns pela montagem! O cenário com as garrafas estilizadas ficou fantástico. Já a caricatura e figurino do ator Almir Rodrigues lembra Ben Gazzara no longa Crônica de um amor louco! Salve, salve O Velho Buk!!!

    ResponderExcluir